segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sombrio

 

História

Os primeiros habitantes do território onde se localiza o município de Sombrio foram os índios Carijós. O começo da colonização foi marcado pela compra da sesmaria Rodrigues, por Manuel Rodrigues e Luciano Rodrigues da Silva. A extensão de terras era de 342 km², com frente no litoral, desde o rio Mampituba até o Arroio Grande, e com três léguas de fundo (18 km). Assim como outras sesmarias, a sesmaria Rodrigues foi aos poucos se subdividindo através da venda ou por herança. Em Sombrio iniciou-se, então, um regime de pequenas propriedades.
Em 1833 as terras da vila de Sombrio e arredores foram compradas da província de Santa Catarina pelo português João José Guimarães, que migrou do município de São José do Norte (RS). No total eram 1.130 metros de frente e 3.000 metros de fundos, desde o litoral até o travessão geral. Nas terras onde hoje se localiza o distrito da sede do município de Sombrio, João José Guimarães, junto com sua família e seus escravos, iniciou o cultivo de cana-de-açúcar, pioneiro na instalação de um engenho de açúcar, com alambique, e foi responsável também pelo primeiro engenho de farinha de mandioca.
A formação étnica da população sombriense foi composta na sua grande maioria por portugueses, açorianos e italianos. Assim, com o passar dos anos o território foi sendo ocupado lentamente. Na década de 1860 imigraram novas famílias do Rio Grande do Sul, que instalaram suas residências às margens do rio Passo da Lage. Esse agrupamento de casas chamava-se Passo do Sertão.
Em 1900 a população indígena ainda ocupava grandes faixas de terra, apesar de ter-se afastado dos centros urbanos. Alguns fixaram residência, mas nunca foram possuidores legais da terra. Parte dos indígenas recuou para as terras devolutas da Serra Geral, enquanto outra se integrou ao elemento português.
Em 1921 a concessão de terras do estado ao senhor Luiz Bratti, no Tenente, marca o início da colonização ítalo-brasileira no Tenente, Peroba, Vista Alegre, Garuva e partes de Jacinto Machado, Meleiro e Turvo. Com o desenvolvimento desta região, a 2 de janeiro de 1914, através da Lei n.º 141 dos Municípios, o povoado de Sombrio era elevado à categoria de sede, desmembrando-se do distrito de Passo do Sertão, pertencente ao município de Araranguá.
Em 1933, o decreto-lei estadual n.º 86, de 31 de março, elevou Sombrio e Passo do Sertão à categoria de vila.
A emancipação do município ocorreu no dia 30 de dezembro de 1953, quando a Assembléia Legislativa do estado, através da Lei n.º 153, desmembra Passo do Sertão e Sombrio de Araranguá. Assim a vila de Sombrio passou a categoria de cidade. Em 19 de fevereiro de 1965, Sombrio foi elevada a sede de comarca pela Lei Estadual n.º 3787. A comarca foi instalada em 1 de março de 1966. Localizada no Extremo Sul Catarinense, faz parte do ecossistema hidrográfico do rio Mampituba , do qual fazem parte rios e lagoas, destacando-se a lagoa do Sombrio, uma das maiores lagoas de Santa Catarina. As principais culturas são de fumo, arroz, mandioca, banana, feijão e milho, com algumas cabeças de gado para corte e ordenha.
A maior festa do município é o ArraialFest, com o objetivo do resgate cultural açoriano, festa com muita animação, comida típica e desfile de carros alegóricos.
Sua colonização foi feita principalmente por açorianos, portugueses, italianos e alemães.

 Economia

Na agricultura, os principais produtos são o arroz, fumo e banana. Na indústria, temos confecções, cerâmica, móveis e calçados, e no comércio, lojas de confecções, materiais de construção civil, lojas de eletrodomésticos, entre outros.

 Turismo

Tem como principais pontos turísticos as Furnas, Lagoa do Sombrio e o Morro da Moça.
Suas principais datas festivas são o aniversário da cidade, em 30 de dezembro, Festa do Padroeiro, no dia 13 de junho, e o Arraialfest, uma grande festa realizada a cada dois anos, geralmente no último final de semana de julho.
Desde muitos anos busca-se uma explicação para este nome, que a muitos não agrada, devido a tristeza que o mesmo erroneamente parece encerrar. No caso presente o nome liga-se à palavra sombra, lembrando repouso. Certas figueiras que serviam de lugar onde o caminheiro descansava, fugindo da canícula, das horas de calor, sombreavam pessoas, advindo desta o nome de cidade. Na época esse era o único caminho até Viamão e, apesar de muitos viajantes pararem à sombra das árvores para descansar - daí o nome da cidade -, somente em 1820 surgiu o vilarejo que deu origem a Sombrio.

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